A adaptação do Pantera Negra no universo cinematográfico Marvel (ou Marvel Cinematic Universe — MCU) já está entre nós. O personagem estreou em “Fantastic Four”, em 1966, e desde então mudou bastante. O que continua desde o princípio é sua dualidade entre o reinado de Wakanda e o heroísmo com os Vingadores, além da perspicácia de T’Challa e suas incríveis habilidades sobre-humanas — veja o especial em que comentamos seu sensacional traje tecnológico.
Para quem está a fim de conhecer um pouco mais antes de ir aos cinemas ou prolongar a diversão após a sessão, selecionamos aqui algumas das boas histórias que podem ser encontradas nas livrarias, comic shops e lojas online das próprias editoras que as publicaram no Brasil.
1. Pantera Negra — Uma Nação Sob Nossos Pés (Panini Comics)
Ta-Nehisi Coates é um jornalista bastante engajado nas causas dos afro-americanos nos Estados Unidos. E quando ele foi convocado pela Marvel Comics para escrever um arco do herói, muita gente já sabia que isso teria ligações com o filme — que toca profundamente no lado político de T’Challa.
Ao lado do talentoso desenhista Brian Stelfreeze, a trama é a que mais pode se aproximar da atual abordagem do MCU, incluindo a descrição de Wakanda como uma nação extremamente evoluída.
2. Pantera Negra — Quem é o Pantera Negra (Salvat)
Quem vê o sucesso do Pantera Negra hoje nos cinemas não imagina exatamente que ele sempre alternou bons e maus momentos no universo da Marvel Comics. E uma das boas guinadas do personagem foi nas mãos de Reginald Hudlin e do lendário desenhista John Romita Jr. Aqui você pode ver um T’Challa mais raiz, sem uso de armadura e gadgets, protegendo seu reino de invasores.
É uma história mais focada em Wakanda — que era temida por “magia negra” e “bruxaria” simplesmente por ser pelo menos 500 anos tecnologicamente mais avançada que o resto da Terra.
3. Pantera Negra — A Fúria do Pantera Negra (Salvat)
O roteirista Donald McGregor foi um dos grandes nomes por trás do ativismo étnico e racial na Marvel durante os anos 70. Foi com ele que o Pantera Negra ganhou aventuras engajadas contra o racismo, a discriminação e outros temas que surgem quando falamos de um super-herói negro em uma sociedade dominada pelos brancos.
Para ter uma ideia, foi com ele que o Pantera lutou contra a Ku Klux Klan. E nessa edição vemos um pouco a rivalidade de T’Challa com Erik Killmonger, que também está na adaptação.
4. Novos Vingadores — Mundos Paralelos
É muito divertido ver o Pantera Negra, o rei de uma nação tão evoluída, tendo que interagir com os Vingadores, especialmente com Namor. Ambos nutrem respeito um ao outro mas também uma grande rivalidade. Esse cisma causa vários conflitos no grupo dos Novos Vingadores, conhecido como Iluminatti, justamente em um período muito delicado para todos os heróis do universo Marvel.
Depois de ler isso você vai querer que o Namor apareça futuramente no MCU, só para ter um combate com o Pantera. O roteiro de Hickman e os traços de Simone Bianchi e Rags Morales aumentam e muito o entretenimento.
5. Guerras Secretas (2015)
A segunda Guerras Secretas funciona como um "soft reboot" e reúne toda mitologia da Marvel Comics em uma espécie de trama “Game of Thrones”, com o Quarteto Fantástico e o Doutor Destino no centro do furacão. E aqui temos momentos heróicos para cada um dos principais destaques da editora.
Os momentos do Pantera Negra em toda a saga são sensacionais, incluindo o momento em que ele, o Rei dos Mortos, convoca uma legião para o combate — no melhor estilo Aragorn, em O Retorno do Rei. É o ápice da reformulação que Jonathan Hickman criou com a ópera espacial Infinito e que termina de forma fabulosa, com a arte épica de Esad Ribic e capas de Alex Ross.
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Espero que tenham gostado. Faltaram as fases célebres de Christopher Priest e Mark Texeira e do casamento com Ororo Munroe (a Tempestade dos X-Men), além de outros bons arcos, mas preferi selecionar as edições que são mais fáceis de encontrar atualmente no Brasil. Ainda assim, não deixem de comentar as histórias que vocês mais gostam e não estão por aqui, afinal, o intuito é justamente dividir o que de melhor esse personagem já trouxe — e vai trazer — para os fãs de super-heróis.
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