Os seres humanos sonham com a existência de vida extraterrestre há muito tempo — a história, a literatura, os jogos, o cinema e até algumas religiões estão repletos disso. E não há apenas um sonho, mas uma espécie de busca incessante por isso, com pesquisadores inclusive se reunindo em torno de institutos criados especificamente para isso, como é o caso do Search Extraterrestrial Intelligence (SETI) ou, em português, Busca por Inteligência Extraterrestre.
Paralelamente a isso, alguns cientistas do SETI criaram outro grupo para também para tentar entrar em contato com aliens de forma mais ativa. Conhecida como Messaging Extraterrestrial Intelligences (METI) — livremente traduzido para Envio de Mensagens para Inteligências Extraterrestres —, a equipe é liderada por Douglas Vakoch e divide opiniões dentro da comunidade científica que estuda a possível existência de vida inteligente fora da Terra.
Um de seus opositores é ninguém menos do que Stephen Hawking. Para o cosmólogo britânico, sair enviando mensagens de forma inadvertida pode não ser muito seguro do ponto de vista existencial, afinal não fazemos qualquer ideia de que tipo de vida inteligente pode habitar outros cantos do Cosmos. Dependendo das intenções e da capacidade de outras civilizações, tentar contato pode significar a nossa destruição.
Sem problema
Apesar dos alertas e das controvérsias, Vakoch está convicto de que isso pode ser positivo, apesar de uma primeira impressão sinistra e um tanto quanto distópica.
“Uma das razões pelas quais as pessoas têm tanto medo do METI é que elas veem como mais arriscado fazer algo do que não fazer”, declarou o pesquisador em entrevista ao CNET. “Quando tentamos avaliar os riscos e os benefícios de uma situação desconhecida na qual nós temos pouco ou nenhum dado de fato, nós ficamos com as imagens mais vívidas que vêm à mente. Mas apenas porque as primeiras imagens de um contato alienígena são horríveis, não significa que elas são realistas.”
A mensagem
Vakoch espera enviar a primeira mensagem em 2018, mas a pergunta que fica é: qual tipo de mensagem? Há um consenso entre os cientistas de que a linguagem utilizada deve envolver matemática e física, pois há a convicção de que, se partilhamos algum conhecimento com os ETs, ele envolve essas duas ciências.
“Alguma das mensagens mais proeminentes do passado tentaram cobrir tudo”, declarou Vakoch. “Nós tomaremos uma abordagem oposta. Em vez de tentar comunicar sobre tudo, focaremos em dizer poucas coisas de forma bastante clara. Para as nossas primeiras mensagens, daremos ênfase em matemática e física essencial.”
Ao menos inicialmente, a nossa saudação matemática a possíveis civilizações alienígenas vão se destinar a estrelas próximas. O foco mais específico são os planetas existentes em uma faixa habitável, onde é “mais provável” encontrar qualquer tipo de vida inteligente. Depois disso, resta apenas aguardar para descobrir se as nossas mensagens alcançarão algum destinatário ou não.
Será que a convicção do METI vai nos levar a uma nova era e a contato com civilizações incríveis ou pode, de fato, significar o nosso fim? Deixa a sua opinião aí nos comentários.
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