Imagine se, durante uma “faxina” em um armário antigo, você encontrasse documentos importantes, escritos por uma personalidade e que estivessem escondidos até então? Bom, isso aconteceu com um professor da Universidade de Manchester, na Inglaterra, que achou uma coleção de 148 cartas do matemático britânico Alan Turing.
O acadêmico descobriu os manuscritos dentro de um antigo armário de arquivo; entre eles, estavam uma carta enviada pelo serviço de inteligência britânico, um rascunho de um programa de rádio da BBC sobre inteligência artificial e convites para palestras em algumas universidades americanas.
Apesar de inéditas, nenhuma das cartas de Alan Turing apresentava dados relevantes para a ciência, já que eram todas de cunho pessoal. Mesmo assim, os documentos apontam detalhes da personalidade do matemático.
Imagem: University of Manchester
Conhecido por desenvolver uma máquina para descriptografar o código utilizado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Turing escreveu em uma das cartas, respondendo a um convite para uma conferência: "não gostaria de viajar e detesto os EUA".
As correspondências são datadas do período entre 1949 e 1954, anos próximos à sua condenação em 1952, quando foi preso por “atos homossexuais”. Em 1954, ele morreu por intoxicação por cianeto – a suspeita de suicídio foi confirmada posteriormente em um inquérito.
As cartas foram catalogadas e agora estão disponíveis na biblioteca da universidade. Além disso, os documentos foram digitalizados e podem ser visualizados online, através deste link [em inglês].
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