Mesmo que tenham orçamentos e times menores para seu desenvolvimento, os games independentes conseguem surpreender mais a cada ano, e em 2020 isso não foi exceção. Na verdade, dá facilmente para dizer que este ano foi salvo mais pelos indies do que pelos jogos AAA.
Então, para encerrar com chave de ouro, que tal celebrar alguns dos títulos indies que alegraram 2020?
1. Hades
Não tem como falar dos melhores indies de 2020 sem citar Hades, o roguelike da Supergiant Games. O jogo estava em acesso antecipado desde 2018 na Epic Games Store e desde 2019 no Steam e teve seu lançamento oficial em setembro de 2020.
O título apresenta a história de Zagreus, o filho de Hades que quer escapar do Submundo a qualquer custo. Só que o pai não é muito fã da ideia e cria diversos obstáculos e hordas de inimigos para o filho enfrentar.
Felizmente, Zagreus sabe se defender muito bem e tem até seis armas e diversos bônus dados por deuses que simpatizam com a causa do menino. Com isso, você pode criar estilos de lutas superdiversos até encontrar aquele que achar mais efetivo.
Como se trata de um roguelike, você vai morrer algumas vezes até conseguir passar pelo chefe final, o que também significa perder o que tinha conquistado até ali. A boa notícia é que alguns bônus se mantêm ao aprender a mecânica dos inimigos e das armas, então logo você estará fazendo speedruns para ver o quão rápido consegue zerar Hades pela centésima vez.
2. Fall Guys
O que seria de 2020 sem os jogos multiplayer? Dentre tantos títulos desse tipo que se destacaram neste ano, Fall Guys foi um dos mais populares, seja porque era barato, seja porque foi disponibilizado de graça na PS Plus do PS4, seja porque todo mundo só queria um jogo das gincanas do Faustão.
No game, seu único objetivo é passar pelos obstáculos de cada rodada para chegar ao fim e tentar ficar em primeiro lugar. Só que você precisa disputar contra 59 pessoas, número que vai caindo conforme as rodadas eliminam alguns participantes.
Como cada etapa é escolhida de forma meio aleatória, nunca se sabe exatamente o que esperar. Fora isso, você pode ser muito bom em uma das gincanas e acabar sabotado por um oponente mal-intencionado, o que aumenta a imprevisibilidade do jogo.
3. Carrion
Sabe aqueles jogos de terror nos quais um experimento dá errado e um monstro horrível fica à solta tentando matar todos no local? Em Carrion você não joga com uma das vítimas, como de costume, mas como o monstro.
Esse conceito já torna o título superinteressante, ainda mais quando você descobre que quanto mais humanos consumir, maior e mais poderoso ficará em sua forma monstruosa. Talvez a gente tenha se empolgado um pouco, mas garante que essa mudança nos papéis ficou muito bem implementada e divertida.
4. Spiritfarer
Spiritfarer é o tipo de jogo que chega sem aviso para mexer com nossos sentimentos — e logo em 2020! Nesse título, você fica no controle de Stella, que, acompanhada de seu fiel gato, precisa conduzir uma balsa para os mortos seguirem para o Além.
Basicamente, é algo bem inspirado no Caronte, o barqueiro de Hades da mitologia grega. Não vamos contar tanto da história para poupar os spoilers, mas vale dizer que é uma trama bem comovente sobre a perda e a maneira com que lidamos com ela. A própria história de Stella vai sendo contada aos poucos através de memórias sobre a vida e a família. Facilmente, um dos jogos indies que mais surpreendeu neste ano.
5. Among Us
Como muita gente já deve saber, Among Us foi lançado em 2018, mas foi só ao longo de 2020 que ele se tornou uma sensação mundial. O sucesso começou em transmissões na Twitch, e não demorou para que os espectadores quisessem participar da brincadeira.
O jogo em si é muito simples, já que só o coloca em um mapa com seus amigos para que todos realizem tarefas específicas. Só que pelo menos um de vocês é um impostor que deve matar todos os outros membros da equipe sem que ninguém descubra. O melhor é que quanto mais jogadores participarem, mais impostores existirão nas partidas, o que permite que eles montem estratégias e tentem incriminar os inocentes ao fazê-los parecerem suspeitos.
No fim, toda a diversão do jogo acontece mais com a interação entre os jogadores do que pelas mecânicas do game em si. Among Us causou um fenômeno tão impressionante que ganhou diversos prêmios no The Game Awards deste ano.
6. Moving Out
Jogos indies são famosos por tirarem um gameplay divertido dos conceitos mais simples. No caso de Moving Out, os personagens trabalham em uma companhia de mudanças, mas seu dever não é fazer o trabalho mais meticuloso do mundo. Em vez disso, você está em constante luta contra o tempo para colocar os móveis no caminhão de mudanças o mais rápido possível, mesmo que isso signifique jogar os objetos pela janela.
O legal é que o jogo também pode ser aproveitado no modo cooperativo, mas em nossa experiência dá para dizer que é provável que a diversão acabe em alguém culpando o companheiro quando as fases não forem cumpridas no menor tempo possível.
7. TemTem
Muitos fãs de Pokémon adorariam ver um jogo no estilo MMO ou até mesmo uma simples versão de PC. Temos certeza de que isso não vai acontecer tão cedo (ou nunca), mas pelo menos temos TemTem para ocupar esse espaço.
Esse game chegou bem no início de 2020 com a proposta de monstrinhos que podiam ser capturados e usados em batalhas contra outros jogadores em vez de simples NPCs. O legal é que desde janeiro os desenvolvedores têm adicionado conteúdo, incluindo ilhas e itens para deixar o título mais interessante.
8. Cloudpunk
Mesmo que não tenha recebido tanta atenção quanto outros títulos da lista, Cloudpunk forneceu uma experiência muito interessante e relaxante aos fãs de jogos indies. A verdade é que ele é bem simples e consiste só no objetivo de seu personagem fazer entregas para moradores de uma metrópole cyberpunk.
No meio disso, você pode explorar a cidade, conversar com NPCs, descobrir mais do que está acontecendo por ali e até aprender sobre conspirações corporativas. Caso não queira mais pensar no outro título com tema cyberpunk da atualidade, essa pode ser uma boa alternativa.
9. Carto
Esse é o jogo indie mais recente da lista, tendo sido lançado em outubro. Ainda assim, conseguiu conquistar muitos fãs, seja pelo estilo visual cartunesco, seja pelos puzzles descontraídos.
A pequena Carto é transportada para um mundo dentro de um livro e logo percebe que ele tem limites de acordo com as páginas que encontra por lá. Cada página revela um pedaço do mapa, que pode ser adicionado de diversas formas ao mundo existente.
O melhor é que você pode modificar o formato do mundo a qualquer momento ao movimentar e rodar os pedaços de papel para que eles revelem lugares, pessoas e puzzles novos. Como o jogo está disponível para assinantes do Game Pass, fica a dica para quem procura um bom indie totalmente inédito.
10. Phasmophobia
Sabemos que Phasmophobia ainda está em acesso antecipado no Steam, mas não dá para ignorar o fato de que foi um dos jogos indies mais divertidos e assustadores do ano. O visual é simples e seu objetivo é mais ainda: entrar em um local mal-assombrado, procurar pistar e descobrir que tipo de fantasma está por ali. Como cada criatura tem as próprias características, você tem de usar alguns artifícios para que elas sejam reveladas.
Isso inclui falar com os fantasmas e ver se eles respondem, medir a temperatura do local, ver se há impressões digitais etc. O problema é que sua presença no lugar assombrado pode irritar os espíritos, que entram em modo de caça e podem matar você ou um de seus amigos.
O mais interessante é que há vários mapas no momento, como prisão, escola, sanatório e diversas casas de tamanhos variados. Mais locais estão sendo adicionados aos poucos, mas já dá para adiantar que um é mais assustador que o outro.