O CEO do Instagram e funcionário de longa data do Facebook, Adam Mosseri, foi vítima de swatting em novembro de 2019. A prática, originada no mundo dos games (sobretudo entre jogadores de Call of Duty), consiste em uma ligação com uma falsa denúncia de um graveincidente.
Uma matéria do The New York Times publicada nesta quinta-feira (23) deu mais detalhes sobre o caso. Tudo começou com uma chamada anônima denunciando o sequestro de um grupo pessoas que estariam presas na casa de Mosseri, em São Francisco. A impressão era de que um dos “reféns” teria feito a ligação.
Em pouco tempo, uma equipe do SWAT estava na casa do CEO do Instagram. Barricadas foram posicionadas na rua e a equipe já estava pronta para agir, até que os oficiais descobriram que aquilo se tratava, na verdade, de um swatting. A ligação tinha sido feita de outro local e não havia nenhum refém dentro da casa.
Executivos como Adam Mosseri têm sido os alvos mais frequentes dessa prática. Segundo seis delegacias contatadas pelo The New York Times, o swatting tem se tornado mais comum na Baía de São Francisco e Seattle — onde estão presentes diversos executivos bilionários da área tecnológica.
Swatting pode gerar graves riscos à população e é considerado crime nos Estados Unidos. Em 2019, um homem de 26 anos, responsável por dezenas de ligações falsas, foi condenado a 20 anos de prisão. Uma dessas ligações levou o SWAT até a casa de um morador do Kansas que, ao abrir a porta, foi alvejado por um dos policiais.
Além do CEO do Instagram, outro executivo do Facebook já foi vítima deste estilo de trote. O New York Times contatou o Twitter, Facebook e Google, questionando se as companhias irão tomar medidas para proteger seus funcionários, mas não obteve resposta.
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