Testamos a NVIDIA EVGA GeForce GTX 660 Superclocked [vídeo]

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Há pouco tempo a NVIDIA sacudiu o mundo dos computadores com o lançamento da GeForce GTX 680. A placa de vídeo conta com a nova arquitetura Kepler, que consegue aumentar o desempenho ao mesmo tempo em que consome menos energia. Pouco tempo depois, chegaram outros modelos da família Kepler, aqueles indicados para preencher as categorias de classe mediana e de entrada.

Esta semana, nós colocamos a mão na GeForce GTX 660 e vamos mostrar os resultados. Nós testamos o modelo da EVGA, a GeForce 660 Superclocked. Além de oferecer todos os recursos das outras placas que utilizam o mesmo chipset, o equipamento da EVGA já vem com overclock de fábrica.

A GeForce GTX 660 é uma placa baseada no chip Kepler versão GK106 e é direcionada para o mercado médio de GPUs. Mas isso não significa que esse modelo seja fraco, muito pelo contrário. A placa consegue rodar quase todos os títulos de última geração em qualidade Full HD com uma taxa de quadros por segundo extremamente satisfatória.

O clock da GPU da placa já vem travado em 1.046 MHz e pode atingir até 1.111 MHz quando ativada a função Boost Clock. Esse overclock pré-programado garante que você tenha um produto mais rápido sem correr o risco de danificar a placa caso tente aumentar por conta própria as frequências.

Especificações técnicas

  • Núcleos CUDA: 960;
  • Clock básico: 1.046 MHz;
  • Clock aumentado: 1.111 MHz;
  • Taxa de preenchimento de texturas: 83,68 GT/s;
  • Consumo de energia: 140 W;
  • Memória total: 2.048 MB GDDR5;
  • Clock da memória: 6.008 MHz;
  • Largura da banda de memória: 192 bits;
  • Largura de banda da memória: 144,19 GB/s;
  • Barramento: PCI-E 3.0;
  • Tamanho: slot duplo.
  • Pronta para SLI.

PhysX

O PhysX é um sistema de aceleração de física que acompanha todas as GPUs de última geração da NVIDIA. A origem do mecanismo é a PPU (Phisics Processing Unit – Unidade de Processamento de Física), criada pela AGEIA Technologies. A NVIDIA adquiriu a empresa em 2008 e incluiu esses aceleradores de física nas suas GPUs.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Os jogos atuais possuem muitos elementos se movimentando simultaneamente. São explosões, roupas, cabelos e uma infinidade de objetos que precisam ser gerenciados pelo sistema. Se não existe um sistema específico para processar a física, quem se torna responsável por isso é a CPU, que acaba ficando sobrecarregada.

Graças ao sistema de aceleração PhysX, é possível ter esses efeitos especiais durante os jogos sem que o processador sofra para administrar tudo.

Destruição dinâmica de objetos

Antes, para que algo pudesse ser destruído dentro de um jogo, os programadores precisavam desenhar e compor todos os elementos da cena, incluindo as animações. Esse modelo de destruição premeditada fazia com que o resultado final fosse sempre o mesmo: não importava quantas vezes você destruísse os objetos, o resultado seria sempre igual.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Com a nova GeForce, agora é possível executar a destruição dinâmica de objetos, ou seja, o que for destruído nunca o será da mesma maneira.

Qualidade de imagem

Um novo sistema de anti-aliasing (sistema que remove os serrilhados dos objetos) também foi desenvolvido pela NVIDIA. Segundo a empresa, a nova tecnologia, batizada como TXAA, apresenta a mesma qualidade de anti-aliasing da versão anterior, trabalhando em 8x, mas a novidade apresenta o custo de desempenho equivalente a apenas 2x.

A GeForce GTX 660 também conta com suporte completo ao DirectX 11, inclusive Tessellation. Dentro dos games, a maioria dos itens é construída por polígonos, ou seja, são milhares de quadrados e triângulos posicionados lado a lado para formar os objetos que vemos na tela. Para ampliar os detalhes, é preciso aumentar o número de polígonos.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

O que o Tessellation faz é quebrar cada um desses quadrados em centenas ou até milhares de pequenos triângulos, suavizando as formas e deixando os objetos com uma definição muito melhor. Depois de construir os itens com polígonos, é preciso aplicar texturas sobre eles. Através disso é possível criar composições muito detalhadas.

Existe uma espécie de textura chamada Displacement Map. Essa ferramenta contém informações de profundidade embutidas no seu código, podendo reproduzir efeitos de volume na superfície das construções. Logo, os artistas gráficos podem aplicar o efeito Tessellation nos objetos e, por cima, o Displacement Map, garantindo efeitos especiais incríveis.

Adaptive Vsync

O Adaptive Vsync (Sincronização Vertical Adaptativa) promete aumentar a qualidade visual dos games como um todo sem comprometer o desempenho das aplicações. Quando o Vsync é ativado, a taxa de atualização dos quadros do jogo é sincronizada com a frequência do monitor, garantindo uma movimentação muito mais suave na tela.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

O problema é que, em cenas de movimentação intensa, o frame rate diminui, causando lentidão em determinados momentos. Com o Vsync desativado, essa lentidão não ocorre, mas os gráficos podem apresentar falhas.

O Adaptive Vsync junta o melhor dos dois mundos, ou seja, em trechos do jogo em que a animação é mais intensa, o Vsync é desativado automaticamente, evitando lentidão. Logo depois, ele é reativado, garantindo a fluidez das animações.

EVGA Precision X

Caso o overclock incluído pela EVGA no processo de fabricação não seja suficiente para você, é possível encontrar no CD de drivers que vem com a placa o software Precision X. Com ele é você pode fazer diversas configurações avançadas em sua placa de vídeo, desde overclock até ajustes de voltagem e monitoramento da placa.

(Fonte da imagem: Divulgação/EVGA)

O aplicativo também possui um interessante sistema de controle de frame rate. Imagine que você queira que todos os jogos rodem em 30 quadros por segundo. Você regula essa opção dentro do Precision X e inicia o jogo. Caso a placa tenha poder sobrando, ela vai diminuir a frequência do clock até que a meta de 30 frames por segundo seja atingida. Isso ajuda a economizar energia, principalmente quando não há necessidade de tanto poder da GPU.

Conteúdo da embalagem

A caixa da EVGA GeForce GTX 660 é relativamente simples. Ela traz uma descrição dos principais detalhes da placa, além de mostrar as especificações completas do modelo. A placa fica dentro de um plástico antiestático e, por cima dele, há um plástico-bolha para garantir que o componente não sofra danos, já que a caixa é pequena.

Dentro da embalagem, encontramos os manuais e folhetos de instalação rápida, um CD contendo os drivers para a instalação, um adaptador DVI para VGA, um conector de força para alimentar a placa e um adesivo para gabinete.

Construção da placa

A construção da placa é precisa: o desenho discreto do PCB é razoavelmente menor que o de outros modelos, e o cooler utiliza o formato blower (soprador) e fica completamente separado dos componentes principais.

O interior da placa (abaixo do case plástico) traz o dissipado de calor, que ocupa mais da metade da construção do componente. O blower fica posicionado atrás do dissipador, empurrando o calor para fora pelos orifícios posicionados cuidadosamente sobre os conectores de vídeo.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

A placa é relativamente mais leve que muitos modelos da mesma categoria. Isso é possível graças à nova arquitetura Kepler de 28 nm da NVIDIA que possibilita um gerenciamento de energia mais eficiente, gerando menos calor que os modelos anteriores.

A parte da frente possui um conector DVI-I, um conector DVI-D, um conector HDMI e uma saída DisplayPort. A parte de cima conta com os dois plugues de energia na parte traseira e os dois conectores SLI da placa.

Tudo bem, mas e o desempenho?

A GeForce GTX 660 é um pouco mais barata que sua irmã mais velha, a GTX 660 Ti. Para justificar essa queda no preço, a placa teve alguns de seus recursos diminuídos, como é o caso dos núcleos CUDA que passaram de 1.344 para 960. A largura de memória é a mesma, 192 bits. Mas será que essas alterações causaram impacto no desempenho da placa? Isso é o que nossos testes vão mostrar.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Nos Estados Unidos, essa placa pode ser encontrada por cerca de US$ 229 (cerca de R$ 458, sem impostos) enquanto a GTX 660 Ti custa US$ 299 (cerca de R$ 600, sem impostos). Ela se enquadra uma categoria um pouco acima da Radeon HD 7850, que porventura também é um pouco mais barata.

Preparando o início dos testes

Em vez de simplesmente fazer benchmarks sintéticos, nós executamos testes de jogo com a EVGA GeForce GTX 660. Como sempre, nós procuramos reproduzir uma situação real. Será que finalmente poderemos adquirir uma placa com a arquitetura Kepler sem ir à falência? A placa merece o seu investimento? Isso e outras perguntas é o que nós tentaremos responder a seguir.

Para método de comparação, nós escolhemos um dos nossos PCs de jogos, uma das máquinas utilizadas para fazer as análises dos games para o Baixaki Jogos. A configuração do computador pode ser considerada mediana para os padrões atuais.

Configurações do PC de jogos

  • CPU: Intel Core i7 920;
  • Memória: 6 GB RAM Triple Channel;
  • SO: Windows 7 Professional 64-bits.

Todos os testes (com exceção do 3DMark) foram executados na resolução Full HD, ou seja, 1920x1080. Os games foram configurados para rodar com o máximo de detalhes possível, sendo que todos eles estavam com todas as atualizações instaladas, incluindo pacote de texturas, como é o caso de Crysis 2.

Escolhemos executar os testes com essas configurações justamente para testar a placa em um ambiente próximo ao real. Como o (alto) investimento em uma placa de vídeo é algo que precisa ser bem planejado, é preciso que o dinheiro seja bem gasto, já que ficaremos como componente por um bom tempo.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Os games escolhidos para comparação foram Batman Arkham City, Crysis 2 e Battlefield 3. Para os benchmarks sintéticos, utilizamos o 3DMark 11 e o FurMark, este último para estressar a GPU e ver qual a temperatura máxima que ela pode atingir em momentos extremos, além de verificar o nível de ruído emitido pela peça.

Optamos por utilizar a mesma máquina que utilizamos no dia a dia, para simular a troca de placa de vídeo em caso de possível upgrade. Não fizemos configurações avançadas e nem tweaks especiais de desempenho durante os testes. A única configuração fora do padrão feita nos drivers de ambas as placas de vídeo foi o desligamento da sincronização vertical.

Batman: Arkham City

Em Batman Arkham City, o Homem-Morcego deve invadir a prisão de mesmo nome para desvendar o misterioso protocolo 10. Durante os eventos, Batman deverá enfrentar seus piores inimigos. O jogo apresenta um mapa grande para ser explorado, incluindo muitos detalhes e objetos para interação. Tudo isso acaba exigindo bastante das placas de vídeo.

Como pudemos ver nesse primeiro teste, a GTX 660 ficou praticamente empatada com a sua irmã maior, a GTX 660 Ti. A placa também ficou um pouco acima da Radeon 5870. Esse jogo favorece as placas da NVIDIA porque utiliza amplamente recursos exclusivos, como a aceleração de física através do PhysX.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Crysis 2

O motor de Crysis 2 é a CryENGINE 3, desenvolvida pela Crytek. Essa engine gráfica consegue ser superior à anterior (utilizada no primeiro Crysis) em vários aspectos. Além de oferecer uma qualidade gráfica superior, ela é otimizada e oferece um desempenho melhor. Em nossos testes, nós utilizamos a resolução 1920x1080 com os gráficos na melhor configuração de qualidade possível.

Antes de executar os testes, nós também instalamos duas atualizações para o game: a primeira é um pacote de texturas com uma resolução mais alta, e a segunda aplica no game recursos de Tesselation, tudo para garantir a melhor qualidade possível.

A diferença de desempenho, novamente, foi pequena. A Geforce GTX 660 não deixou a desejar nem em momentos em que muitas explosões simultâneas preenchiam a tela. Apesar disso, as placas da NVIDIA demonstraram uma média de quadros mais alta e com mais oscilação em determinados momentos. Isso é possível, em parte, por causa da largura de banda da Radeon, que é de 256 bits, enquanto as duas GeForce trabalham com uma banda de 192 bits.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Battlefield 3

Battlefield 3 é um jogo de tiro em primeira pessoa com excelentes gráficos. Os detalhes, principalmente no momento em que a ação é frenética, são impressionantes. O game utiliza quase todos os recursos mais modernos das placas de vídeo atuais, sendo um ótimo “termômetro” para medir a qualidade das VGAs.

Nesse teste, tanto a GTX 660 quanto a Radeon 7850 exibiram a mesma taxa de quadros por segundo. Mesmo que ambas tenham demonstrado picos de velocidade em momentos diferentes, a média se manteve constante. Aqui, a superioridade da GTX 660 Ti fica um pouco mais evidente.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

3D Mark 11

O 3D Mark é, talvez, o mais conhecido software de benchmark do mercado. No mundo todo, pessoas utilizam esse software para medir o desempenho de suas máquinas. É claro que não poderíamos deixar de testar nosso equipamento com este aplicativo.

Para efetuar os testes, nós utilizamos a versão Basic do 3D Mark 11. Os exames foram feitos no modo-padrão, ou seja, nenhuma configuração foi alterada antes de rodar os testes.

Como já era de se esperar, a EVGA GeForce GTX 660 manteve-se entre a GTX 660 Ti e a Radeon 7850. Isso mostra que a placa cumpre o que promete, nada além disso.

FurMark

FurMark é um aplicativo que tem como objetivo principal estressar as placas de vídeo em busca de falhas no hardware. O aplicativo também leva a placa a sua máxima temperatura de trabalho. Com isso, é possível medir a temperatura máxima atingida e o ruído emitido pela peça.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Durante os testes, a placa atingiu a temperatura máxima de 78 graus Célsius e se manteve estável. O nível de ruído emitido pela placa ficou relativamente alto, a ponto de ser notado com o gabinete fechado. A temperatura não é muito elevada, considerando que o modelo já vem de fábrica com overclock.

Vale a pena?

A GeForce GTX 660 é uma placa poderosa. Ela fica, obviamente, abaixo da GTX 660 Ti, mas isso já era esperado. Apesar do fato, a diferença de desempenho oferecido pelas duas não chega a ser algo extraordinário, sendo, na maioria das vezes, quase imperceptível durante os jogos (pelo menos os atuais).

Esse modelo da EVGA também já vem com overclock de fábrica, o que garante mais desempenho no momento da necessidade. A placa oferece cerca de 90% do desempenho da GTX 660 Ti, custando menos. Isso faz dela uma concorrente de peso para a própria irmã maior.

Nos Estados Unidos, essa placa pode ser encontrada US$ 229 (cerca de R$ 458, sem impostos), enquanto a GTX 660 Ti custa US$ 299 (cerca de R$ 600, sem impostos). Ela se enquadra uma categoria um pouco acima da Radeon HD 7850, que porventura também é um pouco mais barata, podendo ser encontrada por US$ 190 (cerca de R$ 380, sem impostos).

(Fonte da imagem: Tecmundo)

No Brasil, como sempre, existe uma disparidade de preço entre os modelos. A variação entre o preço praticado pelas revendas faz com que tanto a GTX 660 quanto a GTX 660 Ti tenham preços muito próximos, podendo ser encontradas na faixa de R$ 1.000 a R$ 1.400. Isso, obviamente, coloca a segunda na preferência.

Essa geração de placas de vídeo tem trazido modelos com o desempenho muito próximo, mesmo para categorias diferentes. As diferenças de performance são quase imperceptíveis dentro dos jogos, como é o caso das três placas mais poderosas comparadas nos testes.

Apesar de ser possível identificar momentos de mais ou menos quadros por segundo durante as partidas, na prática é difícil diferenciar uma da outra. Contudo, pensando no custo-benefício, vale sempre mais a pena optar pelo modelo mais poderoso e que possa oferecer suporte aos jogos por mais tempo.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Outra dica importante é que, na hora de escolher uma placa de vídeo, principalmente no Brasil, é necessário verificar quais recursos extras (como o NVIDIA PhysX ou o AMD Eyefinity) podem fazer a diferença para você. O preço também deve ser levado em conta, uma vez que o mercado brasileiro tende a fugir do padrão e não praticar os mesmos valores para os mesmos modelos, como acontece nos Estados Unidos.

Caso você tenha uma GPU da geração anterior, talvez esse ainda não seja o momento de investir em um novo modelo, uma vez que possivelmente o seu sistema ainda seja capaz de rodar todos os jogos com uma qualidade gráfica e velocidade aceitáveis. Portanto, considere sua aquisição apenas no caso de não possuir uma placa de vídeo ou estiver montando uma máquina nova.

Fonte: EVGA, AnandTech, NVIDIA

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