De um luxo para poucos o celular se tornou rapidamente um item indispensável para a maioria das pessoas, chegando hoje ao ponto de superar, em número, a população mundial. De acordo com uma pesquisa realizada pela GSMA Intelligence, há hoje 7,22 bilhões de linhas de celular ativas no mundo para algo entre 7,19 bilhões e 7,2 bilhões de seres humanos.
De acordo com os números revelados, o número de linhas ativas e de seres humanos se encontrou próximo dos 7,19 bilhões. Entretanto, o número de ativações de celulares é pelo menos cinco vezes maior do que o crescimento anual de 1,2% da população mundial — equivalente a dois nascimentos por segundo.
“Nenhuma outra tecnologia nos impactou tanto como a telefonia móvel”, disse o diretor da Spencer Trask & Co., Kevin Kimberlin. “É o fenômeno feito pelo homem de crescimento mais rápido em todos os tempos — passando de zero a 7,2 bilhões em apenas três décadas.” A companhia de Kimberlin foi uma das primeiras a investir na startup Millicom, a qual, juntamente com o Facebook e Internet.org, busca levar conexão mobile a todos os cantos do globo.
Várias linhas por usuário
Embora o fenômeno mencionado seja qualificado como “miraculoso” por pessoas como o diretor da Millicom, Leonard Gubar, fato é que os dados revelados pela pesquisa da GSMA Intelligence não devem ser interpretados fora de contexto. Afinal, os números poderiam levar a crer que há celulares para todos mundo afora... O que certamente não é o caso
O que ocorre é que a utilização de vários aparelhos — ou de um mesmo aparelho com múltiplos chips — tem se tornado cada vez mais popular. Além disso, a referida pesquisa levou em conta também aqueles gadgets projetados para promover interações apenas entre outras máquinas, tais como carros e medidores inteligentes. Conforme revelou o site CNET, há atualmente algo em torno de 250 milhões de conexões “máquina-a-máquina”.
No frigir dos ovos, números menos “miraculosos” deixam claro que pelo menos metade da população global não possui aparelhos mobile — de maneira que a superioridade da máquina sobre o homem ainda deve demorar algumas décadas para transformar Matrix em um documentário.
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