Demonstração da impressão com o papel especial. (Fonte da imagem: Reprodução/Txchnologist)
Atualmente, o consumo de papel dentro de empresas, universidades e outros tipos de organizações é visto com um pouco de preocupação. Isso acontece pelo simples fato de que esses locais acabam consumindo uma grande quantidade de material impresso, o que é caro e tem um impacto ambiental bastante relevante.
Além disso, a maioria desses papéis é lida apenas uma vez e depois descartada, fazendo com que a noção de desperdício esteja ainda mais em evidência. Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores chineses, da Universidade de Jilin, inventou um método de impressão que pode ser a resposta para a situação descrita logo acima.
Ajudando a manter o meio ambiente
Nós estamos falando de uma impressora que utiliza água no lugar de tinta, em conjunto com um papel especial. A impressão é feita a jato, umedecendo e manchando os papéis aos poucos, formando letras, desenhos e qualquer tipo de conteúdo. E isso só dá certo por conta do tratamento químico do papel, que acaba marcado somente quando úmido.
Aos poucos, a mensagem transmitida vai secando e o papel pode ser utilizado novamente, inclusive com canetas e lápis (mas aí a marcação é permanente). Com isso, os chineses esperam diminuir o consumo desenfreado deste produto, consequentemente gerando menos lixo e uma menor necessidade de derrubar árvores — ou seja: há diferentes e grandes benefícios para o meio ambiente.
E funciona por um bom tempo
Demonstração de escrita com canetas. (Fonte da imagem: Reprodução/Txchnologist)
Somente para que você tenha uma ideia melhor da situação, no ano de 2012 foram consumidos 400 milhões de toneladas métricas de papel no mundo todo, o que é muita (muita!) coisa. Sean Zhang, professor de Química em Jilin e uma das pessoas que encabeçaram o projeto da nova impressora, explica que a iniciativa pode ajudar a reverter esta situação.
O papel quimicamente tratado pode ser utilizado por até 50 vezes, sendo que a impressora em questão deve utilizar apenas água pura. Assim como explicou Zhang, ele e sua equipe estão testando a impressão com diferentes cores com sucesso, sendo que as “manchas” já estão durando 22 horas no papel, e a qualidade e a precisão são comparáveis com as de impressoras que utilizam tinta a jato.
Ainda há o que melhorar
Caso a preocupação ambiental não seja algo importante para você, saiba que o método criado é bem mais barato. Ainda de acordo com o que foi dito por Zhang, pelo papel “mágico” ser usado várias vezes e a água custar menos do que tinta, o valor total da impressão acaba sendo 99% mais barato do que a maneira convencional.
Agora, o próximo passo é melhorar a intensidade da tinta, além de levar adiante para provar que a química utilizada no papel não é tóxica — já há testes com resultados positivos quanto a isso. Depois de ler tudo isso, o Tecmundo quer saber: o que você achou da iniciativa? Será que ela vai ser positiva para o meio ambiente? Para responder, deixe sua resposta na forma de um comentário.
Fontes
Categorias