O Falsificador Mórmon: diretores falam sobre como criaram a série
Em uma entrevista recente ao portal IndieWire, Tyler Measom e Jared Hess, os diretores responsáveis pela docussérie O Falsificador Mórmon (Murder Among the Mormons, no original), de três episódios, na Netflix, falaram sobre como desenvolveram a produção a partir de uma história considerada devastadora.
Segundo eles, a sequência inicial precisou ser bastante discutida. “A primeira cena geralmente é uma das últimas coisas que você coloca em um filme”, revelou Tyler Measom ao longo da entrevista.
“No mundo de hoje, em alguns aspectos do streaming, a parte de abertura do documentário é muito importante”, acrescentou, dizendo ainda que há um interesse genuíno em fisgar a audiência nesse instante, mas de também não fornecer muitas informações.
Nesse sentido, a docussérie consegue cativar a audiência criando uma progressão na apresentação dos fatos. O Falsificador Mórmon se propõe a investigar e refletir sobre um famigerado esquema lucrativo bastante perigoso que colocou em risco a hegemonia de uma famosa igreja nos Estados Unidos.
Conversas prévias ajudaram a compor narrativa de O Falsificador Mórmon
Para costurar a trama exibida nos três episódios da produção, Tyler Measom e Jared Hess precisaram se reunir algumas vezes com os entrevistados para compreender melhor o que poderiam levar de informação ao público.
“Antes de entrevistar algumas pessoas, Jared e eu passamos anos indo almoçar com certos indivíduos, encontrando-os, saindo e conversando com eles”, contou Tyler Measom. “Para muitos desses sujeitos, foi muito terapêutico participar desse evento”, argumentou, ressaltando a importância da condução das entrevistas no momento de realização das filmagens.
Com uma abordagem mais cronológica, os diretores constroem as revelações da história aos poucos, criando uma certa tensão no público, algo bastante interessante para a docussérie.
“Queríamos muito, de alguma forma, colocar todos os espectadores em 1985”, analisou Jared Hess.
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