O sucesso dos processadores Ryzen está causando uma mudança radical no mercado de chips x86 nesses últimos três anos. Os dados mais recentes sobre participação de mercado neste segmento, fornecidos pelo PassMark, apontam que a AMD pode atingir 40% do market share de CPUS em 2020. Essa marca foi alcançada pela última vez em 2006, ou seja, há 14 anos.
O gráfico, atualizado nesta quinta-feira (02), mostra a AMD com 34,6% de market share, enquanto a Intel tem 65%. Apesar da Intel ainda dominar o mercado, ela precisou de 10 anos para sair de 51,6%, em 2006, para 82,5%, em 2016, ano em que sua participação foi a maior já atingida, segundo o PassMark.
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Por outro lado, a AMD saiu de 17,5%, em 2006 (menor participação), para 34,6%, em 2020 (janeiro). E esse crescimento ocorreu em apenas quatro anos, resultado do sucesso das CPUs Ryzen.
Os dados do PassMark
Para entendermos melhor os dados do PassMark, devemos deixar claro a pesquisa deixou de fora todas as outras fabricantes de chips, assim como outras arquiteturas diferentes do x86. Adicionalmente, só foram considerados os PCs e notebooks que rodam Windows, já que o software do PassMark não está disponível para outros sistemas operacionais.
Outro esclarecimento importante é que os dados sobre a participação de mercado envolvem os computadores em uso em todo o mercado global. Essa base de usuários foi formada há uns 10 anos e, principalmente, nos últimos cinco anos.
Quando um usuário de processador Intel decide optar por comprar um novo PC com processador da AMD, o processador antigo, geralmente, continua em uso, seja porque o computador/notebook foi vendido ou passado para outro membro da família.
Isso significa que o processo geral de migração entre CPUs é bem mais lento, se comparado à rapidez de adesão aos produtos novos que foram lançados no mesmo período.
AMD Ryzen x Intel Core
Os processadores Intel Core para desktops, ainda fabricados sob 14 nanômetros, estão perdendo espaço para as CPUs Ryzen de forma brusca.
Embora a Intel tenha uma microarquitetura mais madura, cujos processadores conseguem atingir frequências mais altas e ter desempenho em jogos um pouco acima das CPUs da AMD, em outras funções, essa mesma arquitetura já mostra sinais de defasagem. Aliado a isso, a AMD tem praticado uma agressiva estratégia de preços.
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