(Fonte da imagem: Reprodução/Four Planet)
Está com tempo livre? Pois saiba que você pode ajudar a ciência analisando fotografias de Marte capturadas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, sendo que algumas delas são inéditas. A tarefa é simples e exige um treinamento prévio, apresentado ao voluntário por meio de um tutorial interativo.
Basicamente, o trabalho de quem pretende colaborar com o website Planet Four consiste em marcar manchas encontradas nas fotografias, que podem ser de dois tipos: “fan”, que possui a forma de um leque, e “blotch”, que são mais arredondadas. Caso algo muito inusitado seja encontrado na fotografia, também é possível selecionar a imagem para discussão em um fórum frequentado por especialistas e amadores que tentarão encontrar uma solução para a formação incomum que você destacou.
Como se formam essas manchas?
Ainda não se sabe, ao certo, quais são as origens dessas marcas escuras na superfície do Planeta Vermelho. A ideia mais aceita pela comunidade científica é a de que, durante o outono marciano, forma-se uma camada de gelo com dióxido de carbono no polo sul do planeta. Com a primavera, a luz do Sol faz com que o gelo passe diretamente do estado sólido para o gasoso, um processo conhecido como sublimação. Com o acúmulo de gás e o aumento crescente da pressão, a camada de gelo fica cada vez mais fina e começa a rachar. Quando isso acontece, uma erupção de gás sai pela fenda, levando poeira da superfície com ele.
A presença e a forma da marca é feita de acordo com a presença de vento; se uma brisa marciana leva a poeira em uma direção, é formada uma mancha do tipo “fan” (leque). Sem vento, a poeira volta a cair e se acumula como uma “blotch”, mais arredondada.
No momento, mais de 56 mil voluntários estão marcando esse tipo de fenômeno nas cerca de 2,8 milhões de imagens disponíveis. E não se esqueça: se decidir ajudar, lembre-se que a comunicação em fóruns pode ser feita apenas em inglês. Boa caçada às manchas marcianas!
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