Erro 404: as redes sociais na história do mundo [ilustração]

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Existe um local mágico em que as pessoas podem conversar, trocar informações, compartilhar seus gostos e interesses, montar grupos de amigos e organizar festas, além de jogar jogos, escutar música e contar fofocas. Esse local se chama “Praça”. Mas nas redes sociais vocês podem fazer as mesmas coisas, é fato. Enfim, você já deve saber que elas só existem por causa da popularização da internet, não é mesmo?

Mas e se as redes sociais já existissem séculos atrás? Como será que a humanidade reagiria ao ficar sabendo dos fatos mais marcantes do mundo por meio do Facebook ou do Twitter? E se as imagens mais incríveis da história do mundo estivessem registradas pelo Instagram? Acha difícil imaginar tudo isso? Pois o Serviço Tecmundo de Pensamentos Improváveis, representado pelo redator que vos escreve, fez o trabalho para você.

Twitter: 140 caracteres de informações bombásticas

D. Pedro II disse ao povo que ficaria no Brasil pelo Twitter e recebeu milhões de repostagens, levando o Dia do Fico ao topo dos TTs. É claro que isso não aconteceu, mas as informações bombásticas deveriam realmente contar com o serviço de microblogs antes dos anos 2000. Imagine como seria incrível perceber que o Brasil declarou independência pela rede social. E mais...

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“Acabou de ser derrubado o Muro de Berlim”, isso caberia em um tweet sem qualquer problema. Mas em 1989 o conteúdo só servia como manchetes para os grandes jornais impressos — eles já foram muito mais poderosos que a internet — ou como chamada para os telejornais que você assiste em sua casa (enquanto come o que sobrou do almoço e foi requentado no microondas) até hoje.

Agora imagine como seria a repercussão de um tweet como esse. Certamente as hashtags que entrariam nos trending topics daquele dia seriam: #quedadomuro, #caiomuro, #berlim, #acabou e #madonnadivaeterna. E depois de alguns dias o Twitter voltaria a ser palco de brigas entre celebridades e também espaço para que as pessoas pudessem postar vídeos dos Menudos.

A cada “curtir”, o Facebook vai doar R$ 0,01 para acabar com a Guerra

O Facebook é hoje a maior rede social do mundo e possui mais de 1 bilhão de usuários cadastrados, sendo o mesmo que o total da população humana em 1802 — nós faríamos alguma comparação engraçada com os dois fatos, mas não aconteceu nada legal naquele ano. Voltando ao assunto, imagine a Segunda Guerra Mundial sendo narrada por postagens no Facebook.

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“Se você acha que os americanos invadiram Berlim e venceram a Guerra, curta. Se você pensa que foram os russos os verdadeiros vencedores das batalhas, compartilhe”. E é claro que isso é só um pequeno exemplo do que poderia acontecer naquele tempo, visto que o mundo todo estaria conectado aos eventos mais importantes da história. Uma foto suspeita? Enfim chegariam os teóricos da conspiração.

Mais do que isso, não é demais imaginar os memes que seriam mais compartilhados naquela época. “Cara do Rádio da Depressão”, “Médico irônico do exército” e “Comida enlatada sincera” fariam sucesso entre jovens e adultos. Todos contando as mesmas piadas, mas com a imagem de fundo diferente, é claro.

Foursquare: Cabral roubou a prefeitura de América

“É a sua primeira vez em América”, teria dito o Foursquare, assim que Cristóvão Colombo pôs o primeiro dos pés no Novo Mundo. E também é bem possível que algo parecido com “Bônus de melhores amigos! Você esteve com Américo Vespúcio nos últimos 30 dias” aparecesse na tela do navegador — dos mares, não da internet. E as dicas que poderiam ser mostradas?

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“Conquistador que chegou antes deixou uma dica: FIRST! Pena que aqui não são as Índias, vamos voltar para o alto-mar.”. Dicas desse tipo poderiam ser vistas, mas é claro que também veríamos diversos comentários referentes às belíssimas praias localizadas na região.

Certamente, a lista de locais a serem descobertos seria muito mais agitada do que a “Bares bacanas”. Além disso, Pedro Álvares Cabral e Fernão de Magalhães disputariam a liderança do ranking com muito mais classe do que fazemos atualmente. Uma pena que o Foursquare seja tão recente.

Instagram: Picasso aplicou o filtro Cubista

Outra rede social que teria feito muito sucesso no decorrer da história é o Instagram. Compartilhamentos de pratos de comida seriam apenas a cerejinha no bolo deste serviço — isso incluiria as invenções do sorvete, dos brócolis com shitake e dos risotos de alho-poró. Mas os verdadeiros atrativos seriam as fotos e pinturas históricas postadas durante vários séculos.

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Qual seria o filtro escolhido por Leonardo da Vinci para o quadro de “La Gioconda”, mais conhecida em todo o planeta (quiçá da galáxia) como Mona Lisa? O quadro, que foi pintado no início do século XVI, seria melhorado com o filtro Lo-Fi? E será que o pintor utilizaria alguma moldura na imagem? Picasso teria um filtro cubista só para ele? Existe amor em SP?

Também não podemos nos deixar de nos lembrarmos das fotografias históricas que mais marcaram os últimos séculos. A declaração de independência dos mais diversos países do mundo, casamentos reais e muitas outras histórias poderiam ser contadas pela rede social. Já pensou?

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Ninguém lembrou do Orkut.

Atenção: este artigo faz parte do quadro "Erro 404", publicado semanalmente no Baixaki e Tecmundo com o objetivo de trazer um texto divertido aos leitores do site. Algumas das informações publicadas aqui são fictícias, ou seja, não correspondem à realidade.

Ilustrações: Aline Sentone

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