A terceira temporada de Cosmos estreou ontem (9) na National Geographic. A série é apresentada pelo astrônomo do Museu Americano de História Natural, Neil deGrasse Tyson, e terá 13 novos episódios lançados até 20 de abril.
Cosmos: Possible Worlds deveria ter sido lançada em 2019, porém, devido algumas acusações de assédio sexual contra Tyson, a National Geographic optou por esperar até que as investigações sobre o caso fossem concluídas. A emissora descartou as alegações e Tyson pediu desculpas publicamente por qualquer mal-entendido sobre seu comportamento no passado.
Em janeiro, Tyson comentou sobre os novos episódios e sobre a importância de utilizar recursos atuais para tornar a ciência mais acessível e agradável.
“Parte do DNA de Cosmos é sua capacidade de misturar a ciência com a narrativa”, explicou Tyson. “Todos conhecemos a ciência porque você a aprendeu em seus livros de ciências. [Mas] Antigamente, quando você queria falar sobre ciência... parecia um sermão. [Agora] Temos animações, visualizações e há música por trás disso. Essas são ferramentas conhecidas no setor, mas ninguém jamais pensou em colocá-las na ciência. É isso que o Cosmos faz”.
Cosmos é uma atualização da série homônima lançada entre setembro e dezembro de 1980 e apresentada por Carl Sagan. Ann Druyan, co-escritora da série original e viúva de Sagan, disse que além divulgar, Cosmos pretendia mostrar a importância da ciência em nossas vidas e cultura.
“Carl [Sagan] e eu tínhamos muitas diferenças com nosso governo, mas sentíamos muito orgulho pelas realizações do programa espacial e pelo que ele estava fazendo”, disse ela. “Agora, algo realmente mudou na atitude do governo em relação à ciência. É hostil e cínico. Quando alguém é hostil e cínico sobre a nossa ferramenta mais poderosa para apreender a realidade, você sabe que não é bom. Cosmos é a nossa maneira de defender o incrível poder da ciência”.
Embora muitas novidades tenham sido descobertas desde que a série original foi ao ar, Tyson e os roteiristas trabalham para preservar o tom geral que Sagan e Druyan criaram.
“Em vez de bater na cabeça das pessoas por suas crenças, apresentamos a noção de que, se vamos sobreviver... em algum momento, precisamos estabelecer o que é verdade e o que não é”, disse Tyson. “Se você entender isso, estará em uma posição muito melhor para tomar decisões que afetam a sobrevivência da humanidade, não como um país, nem como uma facção, mas como espécie".
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